quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Civilização Celta


Quando falamos em civilização Celta, logo nos vêm à cabeça lendas medievais, cavaleiros, Rei Arthur, fadas e bruxas. Os celtas, sem dúvida, foram um povo mágico por natureza, deixando muitos ensinamentos e sabedoria. Ainda hoje existem muitos mistérios e segredos sobre a origem e desaparecimento dessa sociedade.


A civilização Celta

A palavra “celta” vem do grego keltoi, que era uma expressão usada para identificar os povos considerados “bárbaros”, aqueles que não eram gregos ou romanos. Como a origem da civilização ainda é incerta presume-se que surgiu quando tribos indo-européias migraram do Vale do Danúbio para o leste da Ásia, sul do Mar Mediterrâneo e norte da Escandinávia.

Os celtas, assim como toda civilização pré-cristã, eram pagãos (palavra que significa “homem que vive no campo”) e veneravam a figura feminina denominada “Deusa Mãe”. Consideravam-se uma espécie de guardiões de todas as criaturas da natureza e viam o conceito de propriedade diferentemente de como é visto na atualidade. Acreditavam que suas terras eram sagradas e que os bens materiais eram algo “emprestado” da grande Mãe. Não admitiam o desrespeito por suas terras e por toda a criação da grande Deusa e poderiam lutar até a morte para preservar sua honra. Seus ensinamentos eram transmitidos através da palavra, de geração em geração e não possuíam escritos. Dessa forma, quase tudo o que se sabe sobre a civilização provém dos escritores gregos e romanos que, muitas vezes, não os retratavam como realmente eram.

A civilização celta ocupou grande parte do continente europeu a partir de 800 a.C., expandindo-se para a Grã-Bretanha, Irlanda, País de Gales e demais ilhas. Eram notáveis artesãos e produziam suas próprias armas e utensílios, ganhando também a fama de metalúrgicos. Não possuíam grandes hierarquias, o rei/rainha era uma pessoa escolhida e considerada por todos como o (a) protetor (a) do clã. Por acreditarem na imortalidade da alma, não tinham medo da morte e, por isso, seus homens e mulheres eram grandes guerreiros. Partiam para a batalha cantando e honrando os deuses, sempre com os corpos pintados com símbolos e desenhos. Tinham grande apreço pela amizade, e a partir disso surgiu a expressão Anam Cara, que significa amigo da alma.